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Haiku e Zen estão intimamente ligados. Basho, nunca se tornou monje, mas estudou Zen durante muitos anos, e quando viajava, e fê-lo frequentemente, trazia o cabelo rapado e as roupas da ordem Budista. A sua poesia, está imbuída dos preceitos e ensinamentos do Budismo num grau não encontrado nos trabalhos da maioria dos outros escritores. Tal como o Budismo, a poesia de Basho, leva-nos a procurar a essência, o verdadeiro ser da coisa mais pequena ou mais comum. O haiku, gira á volta das pequenas coisas vivas, insectos, pássaros, rãs, peixes, etc. Mas tem também uma preocupação extrema com as plantas, as rochas, montanhas e rios. O haiku, é um do métodos mais populares entre os Japoneses, para expressarem as suas intuições filosóficas e apreciações poéticas da Natureza. Num sentimento comprimido no mais pequeno número de sílabas, podemos detectar o reflexo da alma Japonesa.
O haiku, incorpora o espírito de Basho, que é o espírito Zen expressando-se em dezassete sílabas. Mas, se pensamos que basta um momento de inspiração e clareza para escrever um haiku, esquecemo-nos que a escolha da palavra certa, aquela que melhor transmita uma imagem, ideia ou sentimento, requer tempo , prática e persistência.. Claro que podemos criar os nossos próprios haiku, sem grandes exigências, "just for fun", como o faz Will Fergusson em "Hokkaido Highway Blues":
"Early spring-
Blossoms fall like rain.
Pass me another beer, eh?"
Mais sobre Basho no Banzai, aqui.
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