Se os anos vinte no Japão pareceram inclinar-se politicamente para a esquerda, a década de trinta orientou-se perigosamente para a direita. Ao mesmo tempo que surgiam organizações com nomes como Irmandade do Sangue, ou Sociedade das Flores de Cerejeira, os militares assumiam um papel cada vez mais dominante nos assuntos de estado. Com este ressurgimento do militarismo, em meados dos anos trinta o ambiente geral foi-se tornando politica, social e culturalmente repressivo. As marchas militares depressa substituiram o Jazz. Os salões de dança, casas de espectáculo e cafés, passaram a ser vigiados. O Japão entrava na época a que muitos chamam de "Dark Valley". Foi neste quadro que, em 1936, a história duma mulher chamada Sada Abe, foi adoptada como a de uma heroína romântica, transformando-se num acontecimento nacional. Sada Abe ou O-sada, como ficou conhecida, foi encontrada a vaguear pelas ruas, transportando consigo o pénis do seu amante, embrulhado num furoshiki...
Não se assustem... isto é só uma foto dum furoshiki. Reza a história que Sada Abe, era uma geisha que caiu de amores pelo seu patrão, dono dum restaurante, e terá passado com este uma semana de febril paixão carnal, cujo grande clímax se deu quando o estrangulou. O resto depreende-se... endoidecida, levou ao extremo a ideia de não se separar do objecto do seu amor. No cinema a história inspirou duas versões, uma porno, AWoman Called Sada Abe, realizada em 1975 por Noboru Tanaka, e a outra inesquecível para muitos, O Império dos Sentidos (1976) de Nagisa Oshima. Lembram-se?
Sada Abe foi condenada a cinco anos de prisão. Quando saiu, em 1941, abriu um bar na zona antiga de Tóquio...
11 comentários:
Eu nunca assisti "O Império dos Sentidos". Ouvi falar do filme, mas não sabia que era baseado em fatos reais. Vou ver se encontro para assistir.
Bjkas e boa noite.
ja ouvir falar muito do imperio dos sentidos,mais nao vi(agora quero assistir urgentemente,hahaha).
nossa,que historia macabra(lembra ate a perpetua de tieta do agreste, ne?.
beijaooo.
Que história! Ui... rs...
Beijos, querida.
Oi, Margarida
Não sabia também que eram fatos reais. Muito interessante.
Adoro suas histórias sobre a cultura japonesa. Parabéns!
Ah, eu já coloquei minhas leituras em dia.
Bjs no coração!
Nilce
Tudo por amor...
Sou mais uma que surpreeendi pela história e também não sabia que era baseado em fatos reais.
Sempre tive vontade de assistir o filme qdo lançou, mas ficava com vergonha por ser mto nova na época. Agora não tenho mais impedimento em ver, se não fosse vc a gente nem saberia disso!
Bjinhos
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bjus
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Olá, Lolipop, se é que posso chamá-la assim. Vim retribuir a visita. Aos finalmentes;
-Sim, os poemas são meus. Não assino todos por preguiça ou descuido, ou porque sempre irei citar quando porventura postar algo alheio.
Gostei sim do seu blog, curto bastante a cultura japonesa, não em todos os aspectos como o de submissão a uma ordem geral e etc. Mas os "contras" da cultura japonesa fazem parte dos "prós", pois o apego a tradição, o conservadorismo e a obediência à valores coletivos são a base da cultura desse povo.
E como estou me dedicando a uma prova em específico, o blog pode ficar um pouco parado.
Mas pode enviar comentários que irei respondê-los sempre que possível.
Beijos
Olá Margarida!!! Que história heim?!!! Não conhecia também, você não sabe como acho interessante passar sempre pelo seu blog e saber dessas e de outras histórias, um pouco de uma outra cultura que você está de uma forma muito delicada nos fazendo conhecer. Bjosss
AHahahah essa história está me lembrando a Perpétua de Tieta rs.... mas era numa caixa rs
Kisu!
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