A Era Meiji (1868-1912) abraçou o slogan que dá o título a este post, imbuída dum espírito renovador, ambicioso e optimista. Yukio Mishima, um crítico da época, descreve-a assim: "uma dona de casa ansiosa preparando-se para receber convidados, escondendo em armários os artigos de uso comum no dia a dia e deixando de lado a roupa confortável de todos os dias, esperando impressionar os convidados com esta vida imaculada, idealizada, do seu lar, sem uma ponta de poeira á vista". De facto, antigas esculturas fálicas, foram cobertas ou confinadas aos armazéns dos templos, proibiram-se os banhos mistos e a exibição pública da nudez, os fogos na rua e a lavagem de louça no rio. Muitos edíficios tradicionais foram ameaçados de demolição, e até os espectáculos de teatro Noh foram postos em questão. O Japão, depois de anos de clausura, queria modernizar-se e temia que os Ocidentais fizessem troça dos seus hábitos e costumes. Fukuzawa Yukichi, um dos leaders intelectuais da época, declarou que o consumo de carne melhoraria "o físico da nação". A Imperatiz, abandonou o costume de lacar os dentes de preto, dando o exemplo a toda a corte e não só.
Os sinos deixaram de ditar as horas... e Tóquio começava o seu caminho híbrido, uma cidade entre dois mundos.
Referências
"Tokyo - A Cultural and Literary History", Stephen Mansfield
Foto: Tokyo, Nihonbashi, 1872 - Via Old Photos of Japan
Mais sobre o mesmo assunto no Banzai.
Fotos minhas de Nihonbashi.
0 comentários:
Enviar um comentário