Shibata-san, barman do Albatros-bar
Golden Gai reflecte o gosto particular japonês pela especialização. Há bares de Rock, Jazz, R&B, Flamengo e até um minúsculo espaço onde se ouve Fado acompanhado por vinho verde, Porto e Madeira, a BARCA. Há bares de Karaoke, bares gay, bares onde se joga GO, bares onde se juntam os apostadores nas corridas de cavalos e se coleccionam Gundams como o ECLIPSE, ou simplesmente "drinking bars " como o ALBATROS. Há o JETEE, com uma foto do Coppola sentado no balcão,onde se reunem realizadores, fotógrafos e afins. O bar que retirou o nome do clássico de 1962 do realizador CHRIS MARKE : LA JETEE, foi imortalizado quando WIM WENDERS aí rodou umas escassas cenas para o seu documentário TOKYO-GA.
YUKIO MISHIMA, NAGISA OSHIMA e YASUJIRO OZU são sinónimos do fermento cultural que se centrou nos anos 60 e 70 em Golden Gai. Ainda hoje, a zona continua a ser o refúgio perfeito para a elite artística e intelectual de Tóquio.
Muitos bares são geridos por mulheres, as mama-san, que assumem num espaço tão íntimo um papel fundamental. São elas que de forma delicada fazem as apresentações necessárias ao início duma conversa, ao mesmo tempo que zelam pelas bebidas, sempre servidas com qualquer coisa para comer, mais ou menos elaborada.
Não é fácil penetrar em Golden Gai, mas, algum espírito de aventura, persistência, delicadeza, e umas quantas palavras em japonês, podem, eventualmente, compensar-nos com a password de acesso a este clube muito exclusivo.
Golden Gai 1-1-8
Kabukicho, Shinjuku-ku
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