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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Hostess - A Geisha Moderna

Lucie, á chegada a Tóquio.
A hostess, salvaguardando as devidas distâncias, é uma espécie de geisha moderna. O kimono substituído por um elegante "cocktail dress", as tradicionais sandálias trocadas por stiletos Manolo Blahnik, a maquilhagem cuidada num e noutro caso, o karaoke no lugar do shamisen. Tal como se esperava da tradicional geisha, uma hostess deve estender ao cliente um oshibori na devida ocasião, deitar-lhe a bebida no copo, acender-lhe os cigarros, ser uma excelente ouvinte e massajar-lhe o ego. Não são de esperar nenhum tipo de favores sexuais. Trata-se antes, dum jogo permanente, em que o mistério e a fantasia, o "make -believe", ocupam o lugar importante. O cliente como caçador, a hostess como sua presa. Quando este jogo é executado na perfeição é como se se perseguissem um ao outro em círculos, eternamente. O significado está no processo em si, não no produto final. Se a mulher se revelar inteiramente, ou for "apanhada", o jogo acaba.
É um trabalho bem pago e, se bem que haja hostess japonesas, muitas jovens estrangeiras têm sido aliciadas por isso. De todas as hostess no Japão, as mais bem pagas, são em geral bonitas, louras, caucasianas. LUCIE BLACKMAN cumpria todos os requisitos. Deixando para trás as horas de voo como hospedeira da British Airways, a inglesa de 21 anos, que descrevem como sofisticada, chique e inteligente, chegou a Tóquio em Maio de 2000, decidida a procurar emprego como hostess, nos clubes de Roppongi. Começou a trabalhar no Casablanca, dizendo em cartas à irmã, que era como trabalhar como hospedeira mas sem a altitude. No início de Julho, cometeu o erro de aceitar um convite dum cliente para um almoço à beira mar. Nunca mais foi vista. Depois dum processo longo de buscas, em que graças aos esforços de familiares, o seu rosto se tornou conhecido, através de 30.000 posters espalhados por todo o lado em Tóquio, o seu corpo foi encontrado em Fevereiro, desmembrado e enterrado numa cave perto do mar. Joji Obara, com negócios na área da imobiliária, que conduzia o seu Ferrari pelas ruas de Roppongi , acabou por ser detido com suspeitas de ligação á morte de Lucie. Nunca confessou o crime, mas foi acusado pela morte duma outra hostess, a australiana Carita Ridgway, cujo fígado teria sofrido danos letais em consequência das drogas que Obara tinha por hábito administrar, antes de violar as vítimas inconscientes. Mais oito acusações de violação, deram a Obara prisão perpétua.
O Casablanca, chama-se agora Greengrass, foi aqui que Chelsea Haywood trabalhou, durante os 90 dias de duração do seu visto de turista, em 2004.

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